quarta-feira, 6 de abril de 2011

Relator vota pela demissão de ex-procurador do Distrito Federal e de promotora

O conselheiro Luiz Moreira, do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), votou pela abertura de ação judicial para demissão do ex-procurador-geral do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, e da promotora Deborah Guerner. O Conselho analisa a suposta participação dos dois no esquema do Mensalão de Brasília. Antes do voto do relator, Deborah criticou aos gritos a apuração. "Onde estão os políticos? Cadê a denúncia do mensalão do DEM", gritou ela, de forma audível a quem estava do lado de fora da sala em que a sessão ocorria. Ela e Bandarra negam ter recebido propina do esquema, que derrubou o então governador José Roberto Arruda. Antes de deixar o conselho, Deborah Guerner  disse que não há nada contra ela: "Tudo é baseado na palavra de dois bandidos". A defesa da promotora alegou insanidade mental para retirá-la do julgamento do caso, mas foi lido um laudo pericial atestando que ela tem controle de suas emoções. O esquema de coleta e distribuição de propinas derrubou em novembro de 2009 deputados distritais, o então governador José Roberto Arruda e secretários de governo em Brasília. No entanto, o caso voltou a ganhar força agora depois da divulgação do vídeo em que a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), filha do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, aparece recebendo dinheiro do delator do Mensalão de Brasília, Durval Barbosa. No vídeo, Jaqueline aparece com o marido com adesivos de campanha de 2006, quando saiu candidata e foi eleita deputada distrital. O marido abre a mochila e Durval Barbosa coloca maços com notas de R$ 50,00. Após a entrega do dinheiro, Jaqueline pede mais verba: "Você vê possibilidade de aumentar isso?" Quando o Mensalão de Brasília estourou, em novembro de 2009, Jaqueline se disse de oposição a Arruda e criticou os deputados que apareceram em vídeos recebendo dinheiro de empresas que tinham contratos com o governo do Distrito Federal.

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