segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tombini defende maior número de nomeações de servidores para o Banco Central

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu um maior número de nomeações de candidatos aprovados no último concurso para trabalhar na autoridade monetária. Tombini apresentou sua argumentação durante cerimônia de posse da diretoria da Associação Nacional dos Procuradores do Banco Central, na sede do Banco Central, em Brasília. A defesa da entrada de novos servidores vai de encontro à estratégia apresentada pelo governo de evitar novas contratações para, assim, cortar gastos. Aliás o corte de gastos públicos tem sido uma preocupação recorrente nos documentos do BC. Em 2010, foram nomeados 20 novos procuradores, e uma lei de julho do ano passado (12.253) criou mais 100 vagas dentro do Banco Central. Além disso, há a expectativa de que aproximadamente 10 funcionários se aposentem em breve. Ao iniciar seu discurso, Tombini apresentou dados que dão, segundo ele, a dimensão da Procuradoria e do trabalho que este setor vem desempenhando recentemente no Banco Central. Segundo ele, 350 servidores atuam nessa área dentro do Banco Central, dos quais 179 são procuradores. Tombini também salientou que há atualmente mais de 13,5 mil ações judiciais em andamento e mais de 1,5 mil processos em exame. "A Procuradoria recuperou cerca R$ 208 milhões em dívidas ao Banco Central", comemorou. Ora, não há nada a ser comemorado. A quantia recuperada pelos procuradores da instituição é absolutamente irrisória. E o número de processo é completamente condizente com a enorme quantidade de procuradores disponíveis na atualidade. Dá menos de 100 processos por procurador. Ora, por favor, qual é o advogado brasileiro, minimamente competente, que não consegue controlar eficientemente 100 processos? O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, agiu como um completo corporativista, e não como chefe da Autoridade Monetária neste caso.

Nenhum comentário: