quarta-feira, 18 de maio de 2011

Aumenta pressão para que Strauss-Khan deixe chefia do FMI

Duas ministras das finanças européias pediram nesta terça-feira que o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, considere a possibilidade de deixar o cargo por causa das acusações de abuso sexual que enfrenta nos Estados Unidos. Strauss-Kahn foi preso em Nova York no sábado depois que uma camareira do hotel onde ficou hospedado o acusou de agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro. "Não comento decisões judiciais. Mas considerando a situação, com a fiança negada, ele próprio deve avaliar se está prejudicando a instituição", disse a ministra das Finanças da Áustria, Maria Fekter. Ela se mostrou preocupada com a possibilidade de que, independentemente da decisão legal, a detenção de Strauss-Kahn crie um obstáculo prático para sua função de negociar pacotes de resgate financeiro para Portugal e Grécia, países que enfrentam dificuldades financeiras. A ministra espanhola das Finanças, Elana Salgado, afirmou o diretor do FMI enfrenta "acusações muito sérias" e que compete a ele agora decidir se irá ou não se desligar do cargo. O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, um amigo declarado de Strauss-Khan, disse estar "muito triste. Não gosto das imagens que vi na TV". A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, descreveu as acusações contra ele como "arrasadoras e dolorosas".

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