terça-feira, 24 de maio de 2011

Chrysler paga US$ 7,6 bilhões em dívidas aos Estados Unidos e ao Canadá

O Chrysler Group pagou US$ 7,6 bilhões em empréstimos do governo dos Estados Unidos e do Canadá obtidos em seu plano de resgate financeiro em 2009, o que permite à montadora norte-americana se livrar de um resgate pouco popular e estreitar laços com a italiana Fiat. Em uma linha de montagem em Detroit, onde a Chrysler fabrica os carros Chrysler 200 e o Dodge Avender, centenas de funcionários da Chrysler comemoraram o fato usando bottons vermelhos, brancos e azuis com a mensagem: "Pago. 24 de maio de 2011". Sergio Marchionne, presidente-executivo tanto da Chrysler quanto da Fiat, afirmou à multidão: "Recebemos a confirmação nesta manhã do Citigroup de que o Chrysler Group pagou, com juros, cada centavo que havia sido tomado há menos de dois anos". A Chrysler afirmou ter transferido US$ 5,9 bilhões para o Tesouro norte-americano e US$ 1,7 bilhão aos governos do Canadá e de Ontario para devolver empréstimos recebidos em junho de 2009. Em Londres, nesta terça-feira, o presidente Barack Obama classificou o pagamento como "um marco significativo" e sinal de recuperação da indústria automobilística. O pagamento coloca a Chrysler em uma situação financeira mais segura e a aproxima da Fiat, duas metas que, de acordo com investidores e membros do setor financeiro, tornariam os papéis da Chrysler mais atraentes em uma oferta pública de ações que pode acontecer neste ano ou no próximo. A montadora disse que pagou os empréstimos mais de seis anos antes do programado. Nos termos originais do acordo, a Chrysler tinha até 2017 para pagar a dívida. Para pagar os empréstimos, a Chrysler trocou títulos da dívida do governo por títulos de dívida mais baratos de investidores institucionais. A estratégia não implica em uma dívida menor nas contas da companhia, mas a Chrysler afirmou que o refinanciamento teria poupado cerca de US$ 350 milhões em um mês em juros. A montadora pagou mais de US$ 1,2 bilhão em juros das dívidas em 2010.

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