terça-feira, 10 de maio de 2011

Corpos muito degradados de vítimas do Aibus A330 da Air France ficarão no mar

Os corpos das vítimas do Airbus A330 da Air France que estiverem muito degradados não serão resgatados, decidiram dois juízes de instrução franceses, segundo uma carta enviada às famílias das vítimas. "Para preservar a dignidade e o respeito das infelizes vítimas e daqueles que as choram, tomamos a decisão de não retirar os corpos muito alterados", decidiram os juízes parisienses Sylvie Zimmermann e Yann Daurelle. Devido a essa decisão, "decidiu-se retirar apenas dois corpos em diferentes estados de conservação com o objetivo de determinar se podem ser identificados ou não depois de terem permanecido tanto tempo no fundo do oceano", segundo os magistrados. No final de semana passado, dois corpos de vítimas do vôo Rio-Paris da Air France, que caiu no Atlântico em junho de 2009, foram recuperados entre os restos do avião, a uma profundidade de 3.900 metros. "Ao contrário de algumas declarações públicas divulgadas por alguns meios, devem saber que os restos mortais das vítimas que estão no fundo estão inelutavelmente em um estado degradado após o choque particularmente violento, devido ao tempo transcorrido e ao entorno", prosseguem. Os magistrados insistem também no fato de que "a retirada para a superfície é necessariamente mais um fator para a degradação". "Em consequência disso, só resgataremos as vítimas que possam ser entregues de forma decente às famílias, com a condição de que possam ser identificadas", advertem. O voo 447 caiu no oceano Atlântico em 1º de junho de 2009 com 12 tripulantes e 216 passageiros. Todos morreram no acidente. Os restos mortais resgatados estão sendo levados a bordo do navio francês Ile de Sein, e serão transportados para Paris na próxima semana. Segundo a polícia francesa informou, os corpos serão encaminhados a um laboratório de análise a fim de determinar a possibilidade de realização do DNA. "É difícil por que os corpos estão bem preservados no fundo do mar por conta da pressão e da temperatura, mas trazê-los para cima, para águas mais quentes, provoca a decomposição", afirmou um porta-voz da polícia francesa.

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