quarta-feira, 18 de maio de 2011

Defesa de Strauss-Kahn diz que camareira consentiu ato sexual

Os advogados de defesa de Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI acusado de abuso sexual e tentativa de estupro de uma camareira, alegam que podem ter havido relações sexuais consentidas entre os dois, segundo publicou nesta terça-feira o jornal "New York Post". "As provas, a nosso ver, não apontam para um encontro realizado pela força", disse ao jornal o famoso criminalista Benjamin Brafman, conhecido por ter representado estrelas da música nos Estados Unidos, como Michael Jackson e o rapper Jay-Z. Segundo uma fonte anônima próxima à defesa de Strauss-Kahn e citada pelo jornal nova-iorquino, "pode ter havido consentimento" da camareira, da qual a única coisa que se sabe é que se trata de uma imigrante africana de 32 anos. A versão da defesa destoa significativamente da apresentada pela Promotoria de Manhattan, que afirma que o francês "fechou a porta do quarto de seu hotel para evitar que a vítima, uma empregada de limpeza do estabelecimento, pudesse escapar". "Ele pegou sua vítima pelo peito sem seu consentimento e tentou tirar sua roupa íntima e, além disso, manuseou sua região vaginal", declarou a Promotoria, que acrescentou que Strauss-Kahn "tentou duas vezes introduzir seu pênis na boca da vítima à força". A juíza do tribunal nova-iorquino responsável pelo caso, Melissa Jackson, negou na segunda-feira o pedido de liberdade mediante fiança de US$ 1 milhão solicitada pelo advogado de defesa, ao estimar que havia a possibilidade de fuga do país, visto que a França não tem tratado de extradição com os Estados Unidos. Não é a primeira vez que Strauss-Kahn se vê envolvido em polêmicas deste tipo. Em 2008, pouco depois de assumir o comando do FMI, ele assumiu ter tido um caso com uma funcionária do organismo, a economista Piroska Nagy, casada com um ex-presidente do Banco Central argentino.

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