quarta-feira, 18 de maio de 2011

Escândalo envolvendo diretor do FMI dá força à extrema direita

O escândalo envolvendo o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, deve beneficiar a extrema direita francesa nas eleições presidenciais de 2012. Analistas consideram que a candidata da nacionalista Frente Nacional, Marine Le Pen, que já vem subindo nas pesquisas de intenção de votos, pode ganhar mais força. "O caso vai alimentar o discurso populista e simplista da Frente Nacional de que toda a classe política não presta", explica Stéphane Monclaire, professor da Universidade Sorbonne. A prisão causou um terremoto político na França. A detenção altera completamente a corrida eleitoral no país, já que Strauss-Kahn era apontado como um dos principais presidenciáveis do Partido Socialista. Para Monclaire, DSK, como é chamado na França, não tem mais nenhuma chance de se apresentar às presidenciais. "Sua candidatura ficou impossível depois que o tribunal de Nova York negou o pedido de fiança de seus advogados. Ele não poderá anular os efeitos negativos sobre sua imagem, mesmo se for inocentado" afirma. O cientista político Stéphane Rozès considera que se Strauss-Kahn for condenado, é possível que os franceses queiram virar a página e deixar para trás um certo tipo de personalidade política: "Eles devem se voltar para candidatos mais modestos, mais próximos do estilo de vida do cidadão comum". Daniel Boy, do Instituto de Estudos Políticos de Paris, também acredita na possibilidade de que a Frente Nacional saia reforçada.

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