terça-feira, 24 de maio de 2011

Escritor Mario Vargas Llosa declara apoio ao peruano Ollanta Humala

Em entrevista a um jornal peruano, o escritor Mario Vargas Llosa, prêmio Nobel de Literatura, destacou a "evolução muito positiva" da candidatura do nacionalista Ollanta Humala, que estaria se aproximado das esquerdas democráticas da América Latina. Ao diário "La República", o escritor elogiou que Humala, da coalizão Ganha Peru, tenha se "comprometido em um juramento público e em uma modificação de seu programa de governo, que é muito semelhante às esquerdas democráticas" do continente. "Se o senhor Humala não cumprir seu compromisso, os peruanos democráticos sairão às ruas para defender o que votaram. Penso que isso não vai acontecer, acredito que há uma evolução muito positiva em sua candidatura", afirmou Vargas Llosa. Ele ainda negou que este apoio esteja baseado em um possível "ressentimento" em relação ao pai da candidata Keiko Fujimori, Alberto Fujimori, para quem perdeu as eleições de 1990. Alberto Fujimori, que governou o Peru entre 1990 e 2000, cumpre pena por corrupção e violação aos direitos humanos. Logo após o resultado do primeiro turno das eleições, Vargas Llosa já tinha declarado que não apoiaria Keiko, da aliança Força 2011. "O que eu digo é que não votarei de forma alguma na senhora Fujimori. Ela representa a ressurreição de uma das ditaduras mais cruéis e corruptas da história do Peru", observou. Artistas são artistas, e sempre acabam se enganando em suas previsões políticas. Qual garantia Vargas Llosa dá de que o populista Ollanta Humala não encaminhará o Peru para um regime totalitarismo, ao modelo da Venezuela? Nenhuma. No entanto, ele prefere uma "ameaça" esquerdista do que outra "direitista". É um vício de natureza, não tem jeito.

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