quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gravação envolve senador do PT em suspeita de corrupção no Mato Grosso do Sul

O vazamento de uma nova gravação da Operação Uragano, que derrubou no ano passado toda a cadeia de comando de Dourados (cidade localizada a 220 quilômetros de Campo Grande), envolveu o nome do senador Delcídio Amaral (PT-MS). Os trechos do áudio foram divulgados pelo portal Terra e mostram uma conversa gravada em junho de 2010 entre o ex-secretário de governo Eleandro Passaia (que fez a gravação, sob orientação da Polícia Federal) e o ex-secretário de Obras, Jorge Hamilton Torraca. No diálogo, eles tratam de percentuais de "retorno" supostamente cobrados pelo senador para intermediar a liberação de verbas federais para obras no município. "O Delcídio pega menos, porque depende do tipo de obra", diz Torraca, na gravação: "Por exemplo, casa dá 2% só, porque não compensa. O custo não dá. Já emenda de asfalto e drenagem, esse dá para dar até dez sem problema nenhum". Na gravação, também é citado o nome do deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS). Em um trecho, Passaia menciona que um empreiteiro pagaria 10% de "retorno" ao deputado e 5% ao senador. "Por que que Delcídio só quer cinco? Ele é bonzinho demais?", questionou. A Operação Uragano foi deflagrada em setembro de 2010. O ex-secretário Torraca foi um dos 29 presos à ocasião, em uma lista que incluía o prefeito, Ari Artuzi (sem partido), o vice, a primeira-dama e toda a Mesa Diretora da Câmara Municipal.

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