domingo, 22 de maio de 2011

Jornalista acha que está na hora de Palocci pedir para sair

O jornalista Leonardo Attuch, do jornal diário digital Brasil247, editado para iPad, acha que o ministro Antonio Palocci não tem mais lugar no governo: 1) porque abriu o flanco para investigações sobre dinheiro sujo da campanha de Dilma Roussef; 2) porque a sua defesa moveu interesses tão poderosos, que ele acabou demonstrando ter mais força do que Dilma Roussef. 3) porque agiu etica e moralmente de modo viscoso e desonesto. Diz Leonardo Attuch: "Pode uma empresa praticamente de fachada, como era a Projeto, de Palocci, arrecadar cerca de R$ 10 milhões entre o segundo turno das eleições presidenciais e a posse da presidente Dilma, como revela a Folha de S. Paulo deste sábado? A resposta é também não. O que seria isso? Sobra de campanha? Comissão pela arrecadação diante do grande empresariado? Seja o que for, é também “ilegal, imoral ou engorda”. Mas o que vai selar a queda de Antonio Palocci não é nada disso. É algo ligado à essência do poder em todos os governos, desde os primórdios da humanidade. Neste fim de semana, interesses gigantescos e inconfessáveis se moveram pela sua defesa. Como pode um ministro, com tantas fragilidades, se mostrar tão forte e tão poderoso? Quais terão sido as forças que impediram grupos de mídia poderosos, supostamente “golpistas” durante a campanha de 2010, de se aprofundar no caso? É a força do grande capital? O medo de que sindicalistas e radicais do PT se infiltrem no governo Dilma? Pode ser o que for, mas o fato é que a permanência de Palocci em Brasília transforma Dilma num poste. Faz da Casa Civil uma instância de poder mais forte do que a própria presidência da República. Há ainda outro ponto. Existe uma regra não escrita na política que diz que o dinheiro das campanhas deve se destinar, essencialmente, a fins políticos – e não particulares (ainda que a tentação seja grande e que todos sempre cedam a ela). Mas, ao comprar um apartamento de R$ 6,6 milhões, Palocci demonstra que está mais para Silvinho “Land Rover” Pereira do que para Delúbio Soares – hoje quase um herói do PT. Portanto, presidente Dilma, não há escolha: ou Palocci sai rápido daí ou seu governo terá acabado muito prematuramente. A senhora não necessita mais de fiadores, tutores ou primeiros-ministros".

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