domingo, 22 de maio de 2011

Oposição vai pedir CPI para investigar evolução financeira de Palocci

A oposição decidiu pedir a abertura de uma CPI mista (Câmara e Senado) no Congresso para investigar a evolução de patrimônio do ministro Antônio Palocci (Casa Civil) nos últimos quatro anos. PSDB e DEM decidiram colher assinaturas para tentar instalar a CPI no Congresso. Paralelamente à CPI mista, o PPS vai colher assinaturas para instalar uma comissão exclusivamente na Câmara, onde acredita ter mais chances de emplacar a sua criação. Para que a CPI mista seja instalada, os oposicionistas precisam do apoio de 27 senadores e 171 deputados, que devem assinar o requerimento para a sua criação. O número de adesões é o mesmo, na Câmara, para que a CPI exclusiva da Casa saia do papel. No Senado, a oposição conta atualmente com 19 parlamentares (incluindo dois do PSOL). Mas espera a adesão de dissidentes da base governista, especialmente do PMDB, cuja bancada de insatisfeitos na Casa vem aumentando nos últimos dias. "Há gente constrangida dentro do governo, o que pode ajudar na investigação. Acreditamos em defecções dentro da base governista", disse o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO). Para o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), a "máquina de blindagem" do governo não vai impedir as investigações do Legislativo: "Temos que fazer tentativas de investigar. Também é uma forma de pressão para que o governo tome providências". Os líderes do PSDB na Câmara e no Senado conversaram nesta sexta-feira com o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), quando foi definida a estratégia para o início da coleta de assinaturas pró-CPI mista. Na Câmara, o líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), afirmou que as novas denúncias complicam a situação do ministro: "As suspeitas deixam de ser apenas em torno das ações privadas do ministro e agora começam a ter uma conexão com o contexto eleitoral". "Agora apareceu o cliente da época em que ele tinha a empresa de consultoria. O procurador tem elementos para determinar a instauração de inquérito civil público", afirmou o senador Demóstenes Torres.

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