sexta-feira, 13 de maio de 2011

Paraguai quer mais do Brasil em Itaipu

O Paraguai recebeu o aumento da tarifa que o Brasil lhe paga pela energia da usina hidrelétrica de Itaipu como um presente ao seu Bicentenário da Independência, comemorado neste fim de semana, mas considerou-o insuficiente. A queixa é de que o Brasil, mesmo após o reajuste, continuará a pagar pela energia valor abaixo do praticado pelo mercado. "É bom deixar claro que o Brasil não faz nenhuma caridade ao Paraguai", disse o senador Alberto Grillon, aliado do presidente Fernando Lugo. "Foi uma decisão lógica, mas temos que seguir negociando. Precisamos vender a energia paraguaia em condições iguais às do mercado internacional", afirmou ele. Mas o Tratado de Itaipu, assinado entre os países em 1973, prevê que até 2023 a lógica da venda de energia entre Brasil e Paraguai não será a do mercado, mas a de custo, já que o país vizinho não deu contrapartida financeira na construção da usina. O Senado brasileiro aprovou anteontem projeto que amplia os valores do tratado, elevando de 5,1 para 15,3 o fator de multiplicação aplicado no pagamento à energia não utilizada no Paraguai. O valor pago anualmente pelo Brasil subirá de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões, segundo estimativa baseada nos custos de 2008. A hidrelétrica de Itaipu representa 20% do total das receitas do Paraguai.

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