sexta-feira, 6 de maio de 2011

Partido Militar publica estatuto e espera disputar eleições em 2012

O Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira o estatuto do Partido Militar Brasileiro. A legenda foi idealizada tanto por militares e civis com o objetivo de incluir um novo partido de direita no espectro político. Ela agora corre contra o relógio para poder estrear nas eleições do ano que vem. Focado principalmente na segurança pública, o partido defende, em seu estatuto, "a retomada da ética e de valores como patriotismo, civismo, honra e honestidade, dentre outros cultuados pelas instituições militares e por milhares de brasileiros e brasileiras, é imprescindível para que o Brasil arquitetado pela Constituição Federal de 1988 se torne realidade". Montar o estatuto, registrá-lo em cartório e publicá-lo em veículo oficial são os primeiros passos para a criação de um novo partido. O próximo obstáculo do grupo será reunir 468.890 assinaturas de eleitores brasileiros que apóiam o PMB. De acordo com Augusto Rosa, capitão da Polícia Militar de São Paulo e um dos principais mobilizadores da nova sigla, nos últimos 40 dias foram levantadas 18 mil assinaturas em prol do partido. Embora as contas matemáticas indiquem que, na velocidade atual, serão necessários dois anos e nove meses para chegar ao número mínimo de apoiadores, Rosa está otimista e afirma que pretende cumprir a meta em apenas quatro meses. "Queremos solicitar o registro oficial do partido no Tribunal Superior Eleitoral no início de setembro", afirma. Essa é a data limite para a fundação de legendas que queiram disputar cargos municipais e estaduais em 2012. armadas: "Somos 1,3 milhão de militares, entre Exército, Aeronáutica, Marinha, Polícia Militar e Bombeiros Militares". A lei proíbe que membros ativos das forças de segurança se filiem a partidos políticos, mas não os impede de apoiar a criação de um partido. Apesar de resgatar os princípios que norteiam a estrutura das forças militares brasileiras, o Partido Militar Brasileiro tem 10 civis e dois policiais aposentados na diretoria executiva provisória. Consta no "Diário Oficial" que a presidente da legenda é a civil Andréa França Coelho Rosa, esposa do Capitão Rosa, que ainda é policial ativo. O foco principal, mas não único, do embrionário PMB é a segurança pública, uma "questão que preocupa a maioria da população", de acordo com Rosa. O partido defende a revisão do Código Penal, da lei de execução penal e inclusive do Estatuto da Criança e do Adolescente, três textos legislativos que precisam ser modernizados. O Partido Militar Brasileiro aposta na imagem de ordem do Exército para atrair apoio. "Onde há o caos, os militares são chamados para colocar ordem", explica o capitão da PM, que vive em Ourinhos, no interior de São Paulo: "Nos ataques do PCC, na ocupação do Morro do Alemão, nas chuvas no Rio de Janeiro E a política está um caos, dá para ver em todas as pesquisas que as instituições políticas são sempre a de menor credibilidade". O público-alvo são as classes A e B, justamente as pessoas que "moram em condomínios fechados e precisam andar em carros blindados".

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