segunda-feira, 9 de maio de 2011

Polícia Federal prende foragido que transportava drogas em aviões da FAB

Há 12 anos foragido da Justiça brasileira, o traficante José Roberto Monteiro Zau foi preso na noite de domingo por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal quando chegava na casa da sua mãe, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Federal, Zau é um dos condenados por tráfico internacional de drogas no caso que ficou conhecido nos anos 90 ao envolver oficiais da FAB (Força Aérea Brasileira) e policiais que usavam aviões da Aeronáutica para enviar cocaína para a Espanha. Zau vinha sendo monitorado por policiais federais. Segundo a polícia, ele ainda tentou escapar, apresentando outra identidade, com o nome de Luiz Felipe Lemos Henriques, mas foi autuado por uso de documento falso. O acusado foi levado para o presídio Ary Franco, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele e o padrasto de sua ex-mulher, o ex-policial civil Adílson Nunes, estavam foragidos havia 12 anos. Na época, em 20 de março de 1999, quando a operação Mar Aberto/Conexão Rio, da Polícia Federal, foi deflagrada, Zau estava na Espanha. Era para ele que a encomenda seria entregue, segundo investigadores. Adílson Nunes morreu alguns anos depois. No dia da ação, a Polícia Federal apreendeu 33 quilos de cocaína pura na Base Aérea do Recife, em um avião Hércules C-130 da FAB, que saiu do Rio de Janeiro com destino a Palma de Mallorca, na Espanha. A aeronave fez uma escala técnica para reabastecimento e manutenção. O Hércules era comandado por um oficial e carregava, além da droga, oito tripulantes. A missão era trazer peças para aviões da FAB em um convênio firmado com a Força Aérea Espanhola. As investigações da Polícia Federal e do Ministério da Aeronáutica revelaram que os chefões do esquema eram o tenente-coronel da reserva Washington Vieira da Silva, o elo entre traficantes e militares, e o tenente-coronel Paulo Sérgio Pereira de Oliveira, que servia em Manaus.

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