terça-feira, 3 de maio de 2011

Serra nega crise e diz que oposição tem de cumprir seu papel

José Serra, ex-governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência pelo PSDB, concedeu na segunda-feira uma palestra no colégio Santa Cruz, em São Paulo, sobre a reforma política. Com freqüência, a escola convida políticos dos mais variados partidos para debater temas nacionais. Ele se disse favorável ao voto distrital e defendeu a implementação do modelo já nas eleições municipais do ano que vem em municípios com mais de 200 mil eleitores. Ele falou também sobre a chamada “crise” das oposições e sobre o governo Dilma. O ex-governador negou que exista uma crise no PSDB e disse que uma dificuldade na cidade de São Paulo não pode ser tomada como um sintoma de algum grave problema nacional com a legenda, embora, admita, alguns ajustes sejam necessários. Ele lembrou que a oposição teve 44 milhões de votos e elegeu 10 governadores, oito do PSDB. Para Serra, a legenda deve discutir os problemas que falam mais de perto à população: “O País vive uma encruzilhada complicada, e o governo é hesitante. A inflação está subindo. É 7% na média, mas é maior nos aluguéis, na comida, no transporte, etc". Para o ex-governador, é preciso “denunciar o que tem de ser denunciado”: a demolição da indústria no País, que estaria se estendendo dos têxteis aos bens de capital; a falta de segurança; as drogas; o colapso da infraestrutura e os “delúbios”. Serra deu a entender que o PSDB deve se ocupar mais em organizar a própria intervenção do que a com a criação de um novo partido, como o PSD. Falou que é preciso acabar com clima de “fofoca”, que “enoja os mais atentos e afasta os idealistas”. Resumiu: “Não estou preocupado com a criação de partido, com o que fulano falou, sicrano disse. Estou preocupado com o Brasil".

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