terça-feira, 17 de maio de 2011

Strauss-Kahn vai para prisão de Rikers Island, em Nova York

Strauss_Kahn, algemado no tribunal
Após ter seu pedido de fiança negado, o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, vai ficar preso na penitenciária de Rikers Island, localizada em uma ilha em Nova York, e dormirá em uma cela individual. Ele "vai dormir esta noite em Rikers Island, em uma cela individual. Não posso dizer se já está lá, mas estará esta noite e não terá contato com outros presos", disse um porta-voz da prisão. O francês deve ficar detido até sua segunda audiência, ainda sem data marcada. Membros da diretoria do organismo receberam informações detalhadas sobre a prisão de Strauss-Kahn em Nova York e o andamento do seu caso. Mais cedo, a promotoria nova iorquina recusou conceder fiança. Em comunicado, o órgão internacional não apoiou nem condenou seu diretor-gerente. "O FMI e sua diretoria executiva continuarão a monitorar os desdobramentos", disse a porta-voz Caroline Atkinson, acrescentando que na reunião o número 2 do órgão, John Lipsky, e o conselheiro-geral, Sean Hagan, informaram a cúpula da entidade sobre o caso. Também nesta segunda-feira um advogado francês disse que sua cliente estava considerando apresentar uma queixa contra Strauss-Kahn, por um suposto incidente sexual ocorrido há quase uma década. O advogado David Koubbi disse que Tristane Banon, uma escritora, poderia apresentar uma queixa por um suposto incidente que ocorreu quando ela foi entrevistar Strauss-Kahn, o ex-ministro das Finanças francês, em um apartamento. O suposto ataque contra Banon ocorreu em 2002. Segundo a lei francesa, acusações de assédio sexual devem ser apresentadas dentro de três anos, mas acusações de estupro podem ser registradas até 10 anos após a agressão. Banon não apresentou as queixas na época em que o suposto crime ocorreu porque sua mãe, uma vereadora local do Partido Socialista, convenceu a escritora a não instaurar um processo contra um político que era um amigo da família. Ela disse à TV francesa durante o final de semana que agora se arrependia da decisão. As acusações que Strauss-Kahn enfrenta, segundo a polícia americana, incluem "agressão sexual, retenção ilegal e tentativa de estupro" de uma camareira de 32 anos em um quarto do Hotel Sofitel, em Nova York.

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