terça-feira, 7 de junho de 2011

BNDES empresta US$ 637 milhões para estatal venezuelana

A visita do ditador venezuelano Hugo Chávez ao Brasil selou a assinatura de dez acordos e convênios. Entre eles estão um empréstimo de US$ 637 milhões do BNDES e a criação de um fundo de US$ 4 bilhões para obras de infraestrutura no país vizinho. O empréstimo do BNDES servirá para a PDVSA, empresa estatal de petróleo venezuelana, construir um "estaleiro continental" na América do Sul, segundo a embaixada venezuelana. Pelo acordo, o banco emprestará US$ 637 milhões à estatal e empresas brasileiras participarão da construção do estaleiro. O empreendimento será utilizado pelos países que fazem parte da Alba (Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América). A Camex (Câmara de Comércio Exterior) já havia aprovado o empréstimo em 2010, segundo o Itamaraty. Em outro acordo assinado, a PDVSA irá fornecer à Braskem, empresa mista brasileira, óleos crus, naftas e derivados de petróleo. Em troca, a empresa, que tem BNDES e Petrobras como acionistas, contribuirá com US$ 4 bilhões para um fundo destinado a obras de infraestrutura da Venezuela. Um dos planos é viabilizar o "Gran Vivienda", programa lançado por Chávez em abril e que pretende construir 2 milhões de casas, nos moldes do brasileiro Minha Casa, Minha Vida. Apesar de o tema estar fora dos acordos assinados nesta segunda-feira, o ditador Hugo Chávez afirmou, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, que seu país tem interesse em comprar aviões da Embraer para melhorar o deslocamento de pessoas e negócios pelo Caribe. Chávez disse que a intenção da Venezuela é comprar entre 8 e 20 aviões do Brasil. Em troca, Chávez afirmou que espera que o Brasil tenha mais linhas diretas entre Brasil e Caracas.

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