segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cineasta e crítico Gustavo Dahl morre aos 72 anos

Morreu no domingo o cineasta, crítico e gestor Gustavo Dahl, aos 72 anos, vítima de um infarto, em Trancoso, na Bahia. Argentino naturalizado brasileiro, Dahl esteve a frente dos principais órgãos públicos ligados à atividade audiovisual. Ele começou a trabalhar na Cinemateca Brasileira em 1958, antes de partir para a Itália, onde estudaria no Centro Experimental de Cinematografia de Roma. Nos anos 70 foi superintendente de comercialização da Embrafilme, período em que reformulou a área de distribuição da empresa. Posteriormente, foi presidente da Associação Brasileira de Cineastas e, em 1985, tornou-se presidente do Concine. No fim dos anos 90, propôs a criação de uma Secretaria Nacional de Política Audiovisual, que fosse ligada à Presidência da República. Em 2002, com a criação da Ancine, foi nomeado seu primeiro diretor-presidente, dedicando-se à sua implantação até o final do mandato, em dezembro de 2006. Atualmente, era gerente do CTAV (Centro Técnico Audiovisual do Ministério da Cultura). Como cineasta, vinculou-se ao movimento Cinema Novo e dirigiu filmes como "Em Busca do Ouro" (1965) e "O Bravo Guerreiro" (1968). Também montou, entre outros, "A Grande Cidade", de Cacá Diegues. No período de 1958 a 1975, desenvolveu também a atividade de crítico e ensaísta, tornando-se um dos teóricos do movimento.

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