terça-feira, 14 de junho de 2011

Deputados pressionam por anistia de bombeiros do Rio de Janeiro

Deputados do Rio de Janeiro pressionaram o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), durante reunião de líderes nesta terça-feira, pela votação de projetos que concedem anistia aos 429 bombeiros e policiais militares denunciados por motim e danos materiais após invasão do quartel central da corporação, no dia 3. Mas, apesar da pressão, o governo não se mostrou favorável. "Isso não é para ser votado assim. Ninguém foi nem condenado, anistia é para quem já foi condenado", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Para a votação dos projetos, seria necessário a retirada da urgência de uma outra proposta que tranca a pauta do plenário da Câmara. Vaccarezza já avisou que isso não deve acontecer. "Que fique claro que só não vota hoje, porque o governo não quer", acusou o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), um autor das propostas. Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), chegou a avisar que o governador Sérgio Cabral, de seu partido, não se colocaria contra a votação da anistia.

Um comentário:

Carlos disse...

Por que o ato dos bombeiros cria um precedente perigoso

Os bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.