quarta-feira, 15 de junho de 2011

Economista do Ipea prevê desaceleração forte da inflação

Os dissídios de diversas categorias profissionais de peso no segundo semestre não são um novo foco de pressão da inflação, que terá uma "desaceleração forte" nos próximos meses. A opinião é do economista Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplica), órgão ligado à Presidência da República. Para Messenberg, a inflação no atacado teve uma "surpreendente queda" em maio diante principalmente da retração dos preços das commodities internacionais e esse movimento ainda não chegou na mesma intensidade aos índices ao consumidor: "Isso vai representar uma forte desaceleração da inflação nos próximos meses". Em maio, o IPCA já perdeu fôlego e ficou em 0,47%, abaixo dos 0,77% de abril. A expectativa é de taxas próximas a zero em junho e julho em decorrência especialmente da desaceleração dos preços de alimentos e combustíveis. Alguns economistas apontam a concessão de reajustes salariais mais altos como nova fonte de pressão à inflação, já que eles vão ser corrigidos pela inflação maior de 2010 e alimentarão o consumo. Para Messenberg, porém, o mercado de trabalho já se "acomodou" e "as negociações vão ser muito duras entre empresários e trabalhadores". O coordenador do Ipea disse que esse argumento faz parte da "nova onda de terror" de economistas ligados a instituições financeiras. O Ipea é um órgão público que foi totalmente aparelhado pelo PT. Tornou-se uma espécie de Ibope oficial do petismo.

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