quinta-feira, 2 de junho de 2011

Governo gastará R$ 20 bilhãões ao ano com plano de combate à miséria

O plano da presidente Dilma Rousseff para cumprir sua promessa de campanha de tirar 16,2 milhões de pessoas da miséria até 2014, deve consumir cerca de R$ 20 bilhões ao ano. O programa "Brasil sem Miséria" foi lançado nesta quinta-feira, em Brasília, também com o objetivo de mostrar que o governo está fazendo alguma coisa e assim tirar visibilidade do escândalo do enriquecimento monumental do ministro Antonio Palocci (da Casa Civil). A maior parte dos recursos virá de programas na área social que já estão em execução, como o "Bolsa Família", que custa ao Executivo cerca de R$ 16 bilhões por ano, segundo a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social). Para este ano, no entanto, a presidente enviou ao Congresso uma proposta para suplementar o Orçamento em R$ 1,2 bilhão, que serão investidos nas ações do "Brasil sem Miséria". "Não podemos nos esquecer da crise mais permanente, mais desafiadora e mais angustiante, que é termos a pobreza crônica instalada no nosso Brasil", disse Dilma durante discurso. A cerimônia contou com cerca de 800 convidados, entre ministros, governadores e prefeitos, além do presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, com quem Dilma se reunira mais cedo. A meta de tirar 16 milhões de pessoas da miséria é ousada, a ponto de o governo admitir que até 2014 ainda haverá um "percentual residual" que continuará em situação de extrema pobreza. Só para ter idéia: com os 20 bilhões de reais é possível servir uma refeição ao custo de R$ 10,00 para dois milhões de miseráveis. Entretanto, a maior parte das ações do "Brasil sem Miséria" visa qualificar os atuais beneficiários do programa "Bolsa Família" para conseguirem um emprego formal e aumentarem sua renda. Por isso, muitas ações estão relacionadas à ampliação do acesso aos serviços públicos e à qualificação de mão de obra. Ou seja, na real, o programa lançado por Dilma é uma requentada no Bolsa Família.

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