domingo, 19 de junho de 2011

José Dirceu critica posição do governo Dilma sobre Lei da Anistia

O ex-ministro e uma das principais lideranças do PT, José Dirceu (deputado federal cassado por corrupção e réu na ação penal do Mensalão do PT, no Supremo Tribunal Federal), fez críticas veladas neste sábado sobre a posição do governo de abrir mão da revisão da Lei da Anistia. Para ele, crimes cometidos na ditadura militar (1964-1985), como tortura e assassinatos, não prescrevem. José Dirceu classificou como "aberração" o fato de se estabelecer reciprocidade entre militares e torturados durante a ditadura. "Mais cedo ou mais tarde será declarado por autoridades internacionais que o Brasil está fora da lei", afirmou. "Estamos em sentido contrário ao de todos os outros países do mundo, principalmente da América do Sul", disse José Dirceu: "É engraçado. Todos nós fomos processados, exilados, alguns torturados, aí falam de reciprocidade, é uma aberração". Ele pregou ainda que se conhecer os autores de "atos graves" na ditadura, que sejam "pelo menos expostos". Ele não defendeu, entretanto, julgamentos e prisões. A posição de Dirceu coincide com a defendida pela presidente Dilma Rousseff em 2008, quando comandava a Casa Civil. Na campanha presidencial ela passou a evitar polêmicas e se disse contra "revanchismos".

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