segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mães da Praça de Maio acusam ex-membro de desvio de fundos

A Associação Mães da Praça de Maio apresentou nesta segunda-feira à Justiça Federal argentina uma acusação contra Sérgio Schoklender, ex-administrador da associação que era também, até o mês passado, um tipo de filho adotivo da presidente da organização, Hebe de Bonafini. Sérgio e seu irmão Pablo Schoklender, foram acusados de associação ilegal, administração fraudulenta e falsificação de documentos perante o juiz Norberto Oyarbide. Bonafini afirmou que os responsáveis pelos desvios de fundos da associação "irão para a prisão para sempre". "Desgraçadamente os Schoklender abusaram da confiança, do afeto, do amor, inclusive, que lhes ofereceram as Mães", declarou Bonafini ao sair do tribunal, onde apresentou as denúncias acompanhada de outras integrantes da associação e do advogado Eduardo Barcesat. Barcesat alega que Bonafini não tinha conhecimento do ato fraudulento e reconheceu que a fundação não sabe a quantidade exata do dinheiro que foi desviado. A Fundação Mães da Praça de Maio foi criada em 1970 pelas mães dos desaparecidos políticos da ditadura militar do país (1976-1983) que buscavam o paradeiro de seus filhos. A fundação começou a receber verbas do governo argentino desde a época de Néstor Kirchner, que esteve à frente do governo do país entre 2003 e 2007 e faleceu em 2010. O repasse de verbas se manteve sob o mandato de sua mulher, Cristina Kirchner. A Associação Mães da Praça de Maio acabaram se tornando uma correia de transmissão ideológica do peronismo populista mais rastaquera, e inevitavelmente caiu na teia da corrupção.

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