domingo, 5 de junho de 2011

Na TV, Palocci nega que tenha feito tráfico de influência

O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) disse na sexta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que não atuou no governo em favor das empresas para as quais prestou consultoria. Segundo ele, os negócios feitos pela Projeto entre 2006 e 2010, período em que o ministro possuía mandato como deputado federal, eram apenas relacionados a empresas privadas. "Não fiz tráfico de influência, não fiz atuação junto a empresas públicas representando empresas privadas", disse ele: "Quero que as pessoas tenham boa fé, que escutem as explicações, que vejam as informações nos órgãos públicos". "Não existe nenhum centavo que se refira à política ou à campanha eleitoral. Nenhum centavo", afirmou Palocci. O ministro também voltou a afirmar que não deve revelar publicamente os clientes de sua consultoria. Resumindo: sua entrevista foi um festival de evasivas, sem qualquer explicação cabal, concreta, sobre o seu formidável processo de enriquecimento. O engraçado nesse história é que Palocci e seu presidente da Caixa Econômica Federal, o trotskista gaúcho Jorge Matoso, não viram qualquer problema em estuprar a conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa, para tentar provar que ele tinha obtido dinheiro ilícito, para dar depoimento na CPI dos Correios. Palocci foi, pessoalmente, entregar os dados da conta bancária do caseiro Francenildo aos donos da Rede Globo, que deram toda acolhida da versão do então ministro da Fazenda do governo Lula nas páginas da revista Época, e no recém lançado blog da Época. Agora, Palocci esconde miseravelmente os seus dados, e não quer dar satisfações à sociedade brasileira, embora seja um homem público de grande projeção. Aliás, só em um país como o Brasil para Palocci ter voltado a ser ministro depois do episódio do estupro da conta bancária do caseiro Francenildo. Em nenhum outro lugar do mundo isto ocorreria. Já se pode dizer, com toda segurança: nunca antes na história deste País aconteceu coisa assim.

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