quinta-feira, 16 de junho de 2011

ONG pede multa por não cumprimento de cotas na SPFW

A ONG Educafro declarou estar "bastante assustada com a postura adotada pelos organizadores do São Paulo Fashion Week", em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, e afirma que vai pedir a aplicação de multa às grifes e ao evento. O texto, assinado pelo frei David Santos, diretor-executivo da Educafro, se refere ao fato de a cota de 10% de modelos negros não ter sido cumprida no primeiro dia de desfile do evento. "Não esperávamos que simplesmente iriam ignorar as recomendações feitas no ano de 2009, pelo Ministério Público, a pedido da comunidade negra. O Termo de Ajustamento de Conduta, proposto naquele ano, teve vigência até o dia 20 de maio de 2011. A Educafro sempre entendeu que o TAC iria conduzir à consciência os organizadores do São Paulo Fashion Week, e que tais medidas iriam se tornar uma prática cotidiana de inclusão". O texto diz ainda que "a avaliação parcial feita pela Educafro é que a maioria das grifes do São Paulo Fashion Week não levou a sério, em seus desfiles, as recomendações do Ministério Público e muito menos os apelos da sociedade". Diante desses fatos, a Educafro já se antecipou e entrará na próxima semana com uma representação no Ministério Público, pedindo a execução do TAC, contra as grifes e a organizadora do evento que descumpriram o termo de ajustamento de conduta que reserva parte das vagas nos desfiles para modelos negros e negras. Segundo o TAC o descumprimento desta norma geraria multa de R$ 250 mil por grife e para os organizadores.

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