quinta-feira, 9 de junho de 2011

Opep não consegue consenso para aumentar produção de petróleo

Os países da Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) não conseguiram um consenso nesta quarta-feira em uma reunião que previa aumentar a produção de petróleo pela primeira vez em quatro anos, uma estratégia que visava a ajudar a ainda frágil economia mundial. Sem consenso, as cotas ficam inalteradas em 24,8 milhões de barris diários. "A reunião terminou e infelizmente não chegamos a nenhum consenso", afirmou à imprensa o secretário-geral da Opep, Abdallah Salem el-Badri. Sob a pressão dos países consumidores para conter a inflação dos combustíveis, a Arábia Saudita propôs aumentar a produção em até 1,5 milhão de barris por dia. Delegados dos países diziam que uma opção seria um primeiro aumento de um milhão de barris, com a promessa de um segundo de mais 500 mil em um prazo de três meses. Mas os países de fora do golfo, como Venezuela e Equador, além do Irã, diziam não querer colocar mais petróleo no mercado. Estes países alegam que a Arábia Saudita propôs um aumento com base na produção de abril (que chega a 26,33 milhões de barris, em vez da média oficial dos 24,84 milhões estabelecidas em dezembro de 2008), um patamar que não conseguem alcançar. Os países estavam preocupados ainda com uma queda muito brusca do preço do barril, com o aumento da oferta no mercado. Apoiados por Iraque e Angola, eles defendem que o preço permaneça acima dos US$ 100,00. A reunião não contou com a participação da Líbia, que enfrenta uma revolta popular há quatro meses e o isolamento internacional de seu líder, o ditador Muammar Gaddafi.

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