terça-feira, 28 de junho de 2011

Pão de Açúcar e Carrefour terão juntos 27% do varejo no País

A empresa resultante da junção das operações do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour no Brasil vai responder por 27% do mercado varejista formal no País ou 16% do total, incluindo na conta também os informais. O cálculo foi feito por Claudio Galeazzi, que já comandou uma reestruturação no Pão de Açúcar e agora é sócio do BTG Pactual, que deve capitanear a operação por meio do fundo de investimento Gama, sociedade de propósito específico criada pelo banco apenas para negociar a fusão entre as redes varejistas. "Nos Estados Unidos, o Wal-Mart tem 32% do mercado total e as próximas sete empresas somam 32%. Ou seja, ele é um 'cost killer' (cortador de custos), tem o poder negocial e transfere esse poder para os preços", afirmou em coletiva de imprensa para detalhar a proposta que será apresentada aos acionistas. Depois disso, se aprovado, o negócio estará sujeito ainda à avaliação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Galeazzi estima uma sinergia entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,7 bilhão por ano, quando implementadas "as melhores práticas" de ambas as empresas. Além da sinergia com a combinação das operações, há a possibilidade ainda de ganho de eficiência, já que o Atacadão, marca de "atacarejo" do Carrefour, tem um resultado melhor do que o do Assaí, seu equivalente no Pão de Açúcar. Por outro lado, a margem de lucro dos hipermercados do Carrefour é inferior à das unidades do Pão de Açúcar. Os acionistas do grupo varejista brasileiro Pão de Açúcar e dos franceses Carrefour e Casino terão até dois meses para analisar a operação que daria origem à empresa NPA (sigla para Novo Pão de Açúcar). "Todos poderão avaliar, não é uma proposta hostil", ressaltou Carlos Fonseca, sócio do BTG Pactual.

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