sábado, 11 de junho de 2011

Procuradoria entra com ação contra usinas de álcool e açúcar

O Ministério Público Federal em Campos, no norte do Rio de Janeiro, entrou com ação na Justiça para que as usinas da região não recebam cana-de-açúcar colhidas depois de queimadas. Estima-se que haja 10.000 pequenos produtores no Norte Fluminense que fornecem cana para essas usinas. O objetivo é instituir o trabalho mecanizado nas colheitas. O uso de máquinas eliminaria as queimadas, feitas antes da colheita para remover folhas mortas e camada de cera da cana. O fogo queima depressa e a temperaturas muito altas, sem prejudicar o conteúdo do produto. Segundo o autor da ação, procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, com isso, a saúde dos trabalhadores dos canaviais seria preservada. De acordo com Oliveira, os trabalhadores inalam a fumaça proveniente da cana e apresentam diversos problemas de saúde. "Não aceitamos o discurso de que a mecanização acaba com os empregos. Não se pode qualificar o trabalho nos canaviais como emprego. Aquilo é subemprego, eles trabalham em condições sub humanas e ganham pouco. É trabalho escravo", afirmou Oliveira. Na pedido de liminar, o Ministério Público Federal requer que a Coagro, a Companhia Agrícola Norte Fluminense, Companhia Açucareira Paraíso, a usina Sapucaia e a usina Pureza Indústria e Comércio não adquiram cana queimada.

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