quinta-feira, 9 de junho de 2011

PT abandonou Palocci por causa de seu alto padrão de vida, diz Pietá

Em artigo intitulado "O PT e a crise do ministro Palocci", o secretário-geral do partido, Elói Pietá, afirma que a legenda não saiu em defesa do ex-ministro da Casa Civil para não fugir de sua base social. "Os petistas não contestam o direito que Palocci tinha de exercer uma atividade privada quando saiu do governo em 2006 e de ter sucesso nela. O que causou espanto e levou os petistas a não apoiarem sua permanência no governo foi a origem de seus ganhos privados (orientar os negócios de grandes empresas), a magnitude dos resultados (dezenas de milhões de reais), e o alto padrão de vida que ele se concedeu (representado pelo investimento em moradia fora de sua própria origem de classe média)", disse Pietá. Ao mesmo tempo, Pietá fez outro raciocínio típico: "Quando estávamos perto do poder ou nele, as empresas privadas ajudaram nossas campanhas e procuraram nos aproximar delas. Queremos o financiamento público dos partidos para não depender delas. Respeitamos os empresários, mas com a devida distância. Não queremos sair do que fomos. Sabemos que as relações econômicas e as condições materiais de vida terminam moldando idéias e ações". E voltou a citar o caso Palocci: "Respeitamos suas opções, admiramos sua competência, reconhecemos seu trabalho a serviço do povo. Mas, pelas razões expostas, o PT mostrou que prefere o político de vida simples que conhecemos, ao empresário muito bem sucedido sobre o qual agora se fala. Por isso que, para continuarmos a ser um partido dos trabalhadores, não é bom que cultivemos o ideal de empresários".

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