domingo, 19 de junho de 2011

REVISTA VEJA REVELA QUE MINISTRO MERCADANTE COMANDOU OPERAÇÃO DOS ALOPRADOS

Aloizio Mercadante
Reportagem de Hugo Marques e Gustavo Ribeiro, na revista Veja que está nas bancas, evidencia que a presidente Dilma Rousseff tem em seu ministério um homem capaz de organizar uma farsa, com o auxílio de dois bandidos e de uma quadrilha de petistas, para incriminar um adversário político e tentar vencer as eleições. Seu nome: ALOIZIO MERCADANTE, que ocupa a pasta da Ciência e Tecnologia. É o que diz um dos petistas que operaram o esquema. Ele assegura que Mercadante foi o grande chefe da operação que ficou conhecida, em 2006, como o “Caso dos Aloprados”, quando um grupo de dirigentes do PT comprou, por R$ 1,7 milhão, um falso dossiê que procurava ligar o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), à máfia dos sanguessugas. Mercadante, candidato do PT, seria o principal beneficiário caso a tramóia tivesse dado certo. Hamilton Lacerda, seu braço direito, foi preso pela Polícia Federal segurando a mala de dinheiro (ele acabou de retornar ao partido e pretende ser candidato no próximo ano). Veja descobriu toda a trama ao inquirir Expedito Veloso, que na época era "diretor de gestão de riscos" do Banco do Brasil. Ele fazia parte do núcleo central da campanha de Lula à reeleição e foi escalado para integrar a operação. Foi ele quem confessou os detalhes da trama criminosa a companheiros de partido. Veja teve acesso à confissão gravada. Colocado diante do fato, Expedito Veloso, que agora é secretário-adjunto de desenvolvimento do governo petista do Distrito Federal, não teve como negar. Leia um pequeno trecho da entrevista:
Pergunta - O senhor apontou o ministro Aloizio Mercadante como mentor beneficiário da operação… Foi uma conversa interna, uma conversa partidária…
Resposta - Isso vai me complicar. Acabei de sair do banco. Paguei muito caro por isso. Não tenho interesse em que esse assunto venha à tona.
Pergunta - Qual foi sua participação na montagem do dossiê?
Resposta - Absolutamente lateral. Analisei os documentos. Só isso. Cumpri uma missão política de campanha.
Pergunta - O senhor confirma tudo o que disse nas conversas gravadas?
Resposta - Eu estava querendo mostrar às pessoas que eu não era um aloprado. Não me lembro dos detalhes, mas tudo o que você relata que ouviu eu realmente disse. Era um desabafo dirigido a colegas de partido.
“Missão política de campanha”! É o nome que os petistas costumam dar para seus crimes. Delúbio Soares também cumpria uma “missão política”, plenamente aceita no PT. Tanto é assim que ele está de volta. Ao censurar Antonio Palocci pelo seu rápido enriquecimento, a advogada Gleisi Hoffmann, agora ministra da Casa Civil, lembrou que era coisa diferente do Mensalão, que buscava beneficiar o partido. Vale dizer: mensalão pode, enriquecimento pessoal não! É a lógica petista. Diz a matéria da revista Veja: "O plano foi tocado pelo núcleo de inteligência do PT, mas com o conhecimento e autorização do senador (Mercadante)“, disse Expedito Veloso. “Ele, inclusive, era o encarregado de arrecadar parte do dinheiro em São Paulo” (…) Expedito Veloso conta que o ministro e o PT apostavam que a estratégia de envolver o adversário José Serra no escândalo de desvio de verbas públicas lhe garantiria os votos necessários para, quem sabe, ganhar o pleito. “A avaliação era que o dossiê poderia levar a disputa ao segundo turno. De Brasília, o núcleo de inteligência do partido deu o sinal verde para a execução do plano. Por intermédio de Valdebran Padilha, tesoureiro informal do PT em Mato Grosso, o comitê paulista negociou diretamente com os empresários mato-grossenses Darci e Luiz Antonio Vedoin, que ncobraram 1,7 milhão de reais para falsificar documentos e conceder uma entrevista na qual acusariam José Serra de envolvimento com fraudes no Ministério da Saúde”. Rememorando: a revista escolhida para a operação foi a IstoÉ.  Segue mais um trecho de reportagem da VEJA: "Havia um grupo encarregado exclusivamente de avaliar os danos que os documentos causariam à candidatura tucana. Faziam parte desse grupo o presidente do PT à época. Ricardo Berzoini, o próprio Veloso e Jorge Lorenzetti, churrasqueiro e amigo do então presidente Lula. O segundo grupo tinha como função fazer chegar as informações à imprensa domesticada. Dele participavam Oswaldo Bargas, amigo de Lula desde os tempos de militância no ABC paulista, e Hamilton Lacerda, coordenador de campanha de Mercadante. Por fim, o terceiro destacamento tinha a atribuição mais delicada: arrecadar o 1,7 milhão de reais pedido pela quadrilha para montar a farsa. Em suas confissões, o bancário revela que foi justamente uma falha desse terceiro grupo que levou ao fracasso da operação. Segundo ele, os petistas ficaram quatro dias em São Paulo aguardando o dinheiro, que demorou a chegar. E, quando apareceu, a polícia estava no rastro". A reportagem também traz uma outra informação importante no que diz respeito ao dinheiro: quem conseguiu parte da bolada foi o então candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia. Mercadante havia prometido dar um naco da administração ao peemedebista se a operação tivesse sido bem-sucedida. Cinco anos depois, a Polícia Federal não tinha chegado a lugar nenhum. Agora, um homem que participou do esquema, uma petista que cumpria “uma missão política”, conta tudo. E a revista Veja soube antes que a polícia. Um ministro de Dilma, Aloizio Mercadante, aparece metido na sujeira do aloprados até a raiz de seus poucos cabelos e de seu farto bigode. Outro petista, dado como ministeriável,  também sai lanhado das confissão de Expedito Veloso. Seu nome: Carlos Abicalil, que se fez notar pelo esforço para enterrar a CPI do Mensalão quando deputado. Diz outro trecho da reportagem de Veja: "A partir das inconfidências de Expedito Veloso, descobre-se que a sórdida investida contra os tucanos em São Paulo não foi a primeira e que os alvos nem sempre são necessariamente de partidos adversários. A bruxaria não poupou os próprios petistas. Expedito revelou que, antes da prisão dos aloprados, ocorreu outro episódio, envolvendo os mesmos personagens, usando os mesmos métodos, só que, dessa vez, agindo em Mato Grosso. Os alvos: os então senadores Serys Slhessarenko, do PT, e Antero Paes de Barros, do PSDB. Eles disputavam o governo do Estado com Blairo Maggi (PR), que concorria à reeleição, quando surgiu um dossiê envolvendo a petista e o tucano com a máfia dos sanguessugas. Suas candidaturas foram fulminadas pelas denúncias. Foi mais uma armação dos aloprados, segundo as revelações gravadas. O mentor dessa vez foi o ex-deputado petista Carlos Abicalil, atual secretário do Ministério da Educação. O financiador e beneficiário: o governador Blairo Maggi. Até o custo era parecido com sua congênere paulista. Disse Expedito Veloso: “O Abicalil já tinha negociado com Blairo Maggi para foder a Serys e o Antero Barros. Pagaram 2 milhões aos Vedoin para incluir os dois indevidamente na lista dos sanguessugas. (…) Saiu uma reportagem antes da eleição que arrebentou os dois”. Serys confirma que Expedito a procurou no ano passado e fez uma confidencia: “Ele disse que meu envolvimento com aqueles bandidos foi tudo uma armação criminosa contra mim, patrocinada pelos colegas do partido”. O ex-senador Antero também soube da fraude. “Liguei para o Serra e avisei que estavam fazendo a mesma patifaria contra ele". Pois é, Fernando Haddad está quase fora do Ministério da Educação e quem é candidato para ocupar o seu lugar? Ele, Carlos Abicalil.

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