terça-feira, 19 de julho de 2011

CNMP mantém demissão de promotores envolvidos em esquema no Distrito Federal

O Conselho Nacional do Ministério Público rejeitou recurso e manteve a demissão do procurador Leonardo Bandarra, chefe do Ministério Público no Distrito Federal quando o Mensalão de Brasília operou, e da promotora Deborah Guerner. Ambos foram condenados administrativamente por "violação de sigilo profissional com a solicitação e obtenção de recompensa" e "exigência de pecuna", e receberam a pena máxima contra um membro do Ministério Público. Eles responderam no conselho pela acusação de receber propina e favorecer o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM), acusado de ser o chefe do esquema. No começo do ano passado, Arruda foi preso e perdeu o cargo depois que as denúncias vieram a público. Em dezembro, Deborah Guerner e Leonardo Bandarra foram afastados por 120 dias pelo CNMP. O afastamento terminou em abril. No dia 20 de abril, a promotora foi presa pela Polícia Federal, em Brasília, sob a acusação, entre outras, de ter tomado aulas para simular problemas mentais. O Ministério Público Federal suspeita que a promotora comprou atestados médicos falsos e foi treinada para simular problemas mentais, o que baseou o pedido inicial de prisão. O propósito seria o de atrapalhar as investigações que ela enfrenta desde 2009 por suposto envolvimento com o escândalo do Mensalão de Brasília. O marido da promotora, o empresário do lixo Jorge Guerner, também foi preso. No início de maio, o Conselho Nacional do Ministério Público aplicou a pena máxima a Guerner e Bandarra e recomendou a demissão deles. O processo na Justiça corre em sigilo. No início de junho, a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília) decidiu que a promotora não tem insanidade mental, como alega a defesa.

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