sábado, 2 de julho de 2011

Deflação do IPC-S em junho é sazonal, alerta FGV

A deflação de 0,18% do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) em junho foi causada por efeitos temporários e não se sustentará nos próximos meses, afirma o economista André Braz, da FGV (Fundação Getulio Vargas): "Não dá para imaginar que esse 0,18% negativo seja persistente. O IPC-S continua bem pressionado com serviços". Segundo Braz, o que orientou a queda do indicador em junho foram fatores sazonais, como o comportamento dos alimentos in natura e dos combustíveis, embora o álcool já não mostre retração tão vigorosa como nas últimas semanas. A deflação de 0,89% no item alimentação foi puxada por variação negativa de 3,99% em hortaliças e legumes, e recuo de 7,02% em frutas. A deflação de 1,09% no grupo transportes, por sua vez, foi puxada por queda de 7,39% no álcool combustível e igual movimento de 3,42% na gasolina. Por outro lado, os serviços continuam sendo uma ameaça à inflação no segundo semestre, diz Braz. O economista nota que itens como alimentação fora de casa, consultas médicas, empregada doméstica e salão de beleza tiveram aumento de preços acima da inflação em 12 meses, de 9,5%, 10,7%, 7,11% e 9,9%, respectivamente.

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