quarta-feira, 6 de julho de 2011

Demanda fará mercado de apoio à construção dobrar em cinco anos

Os grandes investimentos em infraestrutura previstos para os próximos anos vão fazer o mercado de peças de reposição e serviços para equipamentos nos setores da construção dobrar nos próximos cinco anos. Estimativa da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção) mostra que o segmento pode movimentar R$ 6 bilhões por ano em 2016. Atualmente, esse mercado gera R$ 3 bilhões. Essa projeção é baseada na expectativa de 9.550 obras até 2016, que demandarão investimentos de R$ 1,22 trilhão. Vice-presidente da Sobratema, Erimilson Daniel descarta a possibilidade de gargalo de equipamentos de construção nos próximos anos. Ele lembra que o mercado está bastante abastecido, e as condições para importar estão favoráveis. No ano passado, o número de equipamentos de construção cresceu 70%. Para esse ano, a Sobratema estima uma variação positiva de 10% desse mercado. Atualmente, o País tem 333.000 equipamentos de construção com até dez anos de uso. Em 2015, estima-se que serão 710.000 unidades com característica semelhante. "As indústrias estão ampliando capacidade para atender toda a demanda. O maior problema, hoje, está na falta de mão de obra qualificada", afirmou Daniel. Com o mercado abastecido, o crescimento das vendas de equipamentos de construção será um pouco mais tímido em 2012, segundo a Sobratema. Mas a proximidade da Copa-14 e da Olimpíada-16 deve fazer com que esse segmento volte a crescer acima dos 10% em 2013. Das 9.550 obras mapeadas até 2016, 3.737 estão previstas para a região Nordeste. Serão R$ 283 bilhões em investimentos, o correspondente a 23,2% do total. A maior parcela de investimentos ficará com o Sudeste, que terá R$ 652 bilhões, o equivalente a 53,4% do total. Ao todo, estão apontadas 2.723 obras na região. Do total orçado, 46,5%, ou R$ 567 bilhões, serão destinados a obras do setor de petróleo, gás e biocombustíveis. Ainda segundo o levantamento da Sobratema, R$ 232 bilhões, o correspondente a 19% do total, serão voltados para o setor de transportes.

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