terça-feira, 12 de julho de 2011

Exame de DNA de herdeiros do "Clarín" com vítimas da ditadura dá negativo

O exame de DNA dos filhos adotivos da dona do jornal "Clarín" (o mais poderoso grupo multimídia da Argentina) em comparação com o de duas famílias de desaparecidos durante o regime militar da Argentina (1976-1983) deu negativo. Segundo informou o "Clarín", as mostras de DNA de Marcela e Felipe Herrera de Noble foram contrastadas nesta segunda-feira com os perfis genéticos das famílias Lanoscou-Miranda e Gualdero-García, sem resultados positivos. As famílias entraram com uma causa judicial para determinar se os Herrera de Noble são filhos de desaparecidos durante a ditadura. O exame prosseguirá agora com as mostras de DNA de outros familiares de desaparecidos conservadas no Banco Nacional de Dados Genéticos da Argentina. Marcela e Felipe, filhos de Ernestina Herrera de Noble, se apresentaram voluntariamente em 24 de junho no hospital Durand de Buenos Aires, para fazer exame de sangue, depois de terem se recusado por vários anos. Em 2010, a juíza do caso, Sandra Arroyo Salgado, ordenou a extração de mostras genéticas. As Avós da Praça de Maio afirmam que há suspeitas de que ambos os jovens, que não têm laços de sangue entre si, podem ser filhos de desaparecidos cujos perfis genéticos foram apresentados por familiares que procuram por crianças apropriadas ilegalmente durante a ditadura (1976-1983).

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