quinta-feira, 28 de julho de 2011

Indústria de trens vai investir R$ 240 milhões

Depois de um amplo desenvolvimento seguido de queda, a indústria do transporte ferroviário contabiliza agora um novo crescimento diante das demandas por vagões e locomotivas no País. Segundo a Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), as indústrias devem investir ao menos R$ 240 milhões até 2013, incluindo novas fábricas e tecnologias. Parte dessa evolução está à espera dos novos projetos para transporte ferroviário de passageiros, como o trem-bala do governo federal e o trem rápido do governo paulista. Outra parte, porém, está ligada à necessidade de soluções para mobilidade urbana. "Isso ficou mais evidente desde 2008, quando passou-se a produzir mais de 400 carros por ano", diz o presidente da Abifer, Vicente Abate. A Progress Rail Services, subsidiária da Caterpillar, por exemplo, vai abrir uma fábrica de locomotivas diesel-elétricas em Sete Lagoas (MG). O investimento não foi divulgado, mas a expectativa é gerar 600 empregos. A obra vai ocupar 12 mil metros quadrados de área total de 100 mil metros quadrados já administrados pela MGE Equipamentos e Serviços Ferroviários Ltda, subsidiária brasileira da Progress Rail. Já no mês que vem a japonesa Hitachi deve anunciar a criação de uma joint venture com a brasileira Iesa, do grupo Inepar, para instalar em Araraquara (a 273 quilômetros de São Paulo) sua fábrica de trens. Enquanto isso, a espanhola CAF já investiu até agora R$ 200 milhões na sua fábrica de trens em Hortolândia (a 109 quilômetros de São Paulo). Seu último contrato, assinado nesta semana com o Metrô de São Paulo, foi de R$ 615 milhões. Segundo dados da Abifer, a fabricação de vagões de passageiros cresceu 444,3% na última década, de 79 unidades em 2001 para 430 em 2010. Ao todo, foram produzidos 2.311 carros no período. Já a fabricação de locomotivas cresceu 1.600% na última década. Chegou a 68 unidades em 2010, totalizando 178 máquinas que podem ser usadas tanto para o transporte de passageiros como de carga, também em alta.

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