segunda-feira, 11 de julho de 2011

Procuradoria denuncia Waldomiro Diniz por crimes tributários

Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil sob o comando do petista mensaleiro José Dirceu (deputado federal cassado por corrupção), foi acusado pelo Ministério Público de Brasília por crimes contra a ordem tributária. O dano aos cofres públicos calculado em 2005 pela Receita Federal, segunda a denúncia, foi de R$ 259.348,02. Conforme a investigação da Receita que fundamentou a denúncia, Waldomiro Diniz teria suprimido ou reduzido tributos referentes a depósitos sem origem comprovada nos anos de 1999 e 2000. Além disso, Waldomiro é acusado de usar uma declaração de isento de imposto de renda. O caso está sob sigilo na 12ª Vara Federal, em Brasília. Waldomiro Diniz foi o protagonista do primeiro escândalo de corrupção do governo Lula, em 2004. Ele foi flagrado em um vídeo recebendo propina do bicheiro e bingueiro Carlos Cachoeira. No vídeo, gravado em 2002 por Cachoeira, mas só divulgado em 2004, Waldomiro pedia ao empresário propina e dinheiro para campanhas do PT e do PSB. Em troca, o então presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro) prometia ajudar Cachoeira numa licitação. Este Waldomiro Diniz é figura ligada às espionagens e bandidagens praticadas por altos dirigentes petistas há muito tempo. Ele morava no mesmo apartamento com José Dirceu e Aloizio Mercadante durante a CPI do Orçamento. Foi ele que levou até a sucursal da revista Veja, em Brasília, documento falso, incriminando o então deputado federal gaúcho Ibsen Pinheiro (PMDB) em desvio de recursos para o Exterior. Ele informou ao repórter da revista Veja que o desvio era de um milhão de dólares, quando não passava de um pagamento a uma casa de câmbio, de Santana do Livramento (cidade localizada na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai), de 1.000 dólares. O repórter da revista Veja, Luis Costa Pinto, na época do Mensalão do PT, estava contratado pela Presidência da Câmara dos Deputados, para assessor o presidente João Paulo Cunha, o petista mensaleiro. E o editor de Veja, que publicou a matéria, mesmo sabendo que era mentirosa, é o jornalista paulista Paulo Moreira Leite. Ele é um antigo militante trotskista da Libelu, mesma organização clandestina na qual militou o petista Antonio Palocci. Paulo Moreira Leite é muito amigo do argentino Felipe Belisario Wermus, vulgo "Luis Favre", ex-dirigente da 4ª Internacional trotskista, e ex-marido da socialite petista Marta Suplicy. Com o golpe contra Ibsen Pinheiro, que teve seu mandato cassado, a cúpula petista, com a cumplicidade de jornalistas no mínimo simpatizantes do PT, conseguiu afastar do páreo presidencial um candidato que poderia ser problema para as pretensões de Lula.

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