sábado, 23 de julho de 2011

Único petista na cúpula do Dnit pede demissão

O diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Hideraldo Caron, entregou na tarde de sexta-feira sua carta de demissão ao ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes). O diretor era o único indicado pelo PT na direção do órgão comandado pelo PR desde o governo de Lula. A saída de Caron do Dnit ocorre após forte pressão do Palácio do Planalto, que tenta aplacar o desagrado do PR, partido que sofreu diversas baixas no Ministério dos Transportes desde o início da crise na pasta, há 20 dias. Caron era o responsável pelas aprovações ou vetos a aumentos no valor de contratos de obras em andamento e estava desde 2004 no Dnit. Na quinta-feira ele havia sido barrado pela presidente Dilma Rousseff em uma reunião do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de rodovias. Desde 2005, Caron fez 119 viagens oficiais pelo País, pagas pelo Dnit, para vistorias de obras e reuniões. Dessas, 82 (69%) tiveram como destino o Rio Grande do Sul. Caron disse que sua atuação se concentrou no Estado "por existir uma grande quantidade de obras de construção, pavimentação, duplicação e de obras de artes especiais de alta complexidade técnica de execução". Após sair demitido do governo, Hideraldo Caron,afirmou que a presidente Dilma Rousseff exagerou na "faxina" ao demitir parte da cúpula dos Transportes. "Eu acho que não precisava sair tanta gente e trago testemunho dos funcionários do departamento", afirmou, em entrevista no auditório do Dnit, em Brasília. "Um diretor decide muito pouco individualmente dentro de um processo", complementou. Apesar dessa declaração, ele negou que tenha ressentimento da presidente ou de lideranças petistas.

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