terça-feira, 9 de agosto de 2011

Bilionário Eike Batista diz que está com sangue "geladérrimo" diante da crise financeira


Brasileiro que mais perdeu até agora com a crise, o empresário Eike Batista diz que "mantém o sangue geladérrimo", apesar da turbulência que varreu nos últimos dias mais de US$ 2 bilhões de sua fortuna. Desde março, as empresas X, como são conhecidas, perderam US$ 27,3 bilhões (49%) de valor de mercado. "Estão vendendo tudo a preço de nada. Queria poder comprar", disse Eike Batista. Diferentemente das demais empresas, as companhias X não podem recomprar ações porque não dão lucro ainda. "Eu seria megacomprador", afirma o empresário. Ele acrescentou: "Tenho a dizer que minhas companhias têm US$ 10 bilhões em caixa e que vamos começar a produzir e a gerar receita. O meu mundo real não parou por causa de disciplina financeira e estou com todo o dinheiro necessário para alcançar a produção esperada até 2015. Essa crise está sendo vivida, mas que bom que estou com o caixa forrado e totalmente preparado". Ele diz se lamentar não poder fazer recompra das ações de sua empresa: "Infelizmente, como estou listado no Novo Mercado, não posso comprar ações de volta enquanto não tenho lucro. Se não fosse isso, eu estaria fazendo um plano de 90 dias de recompra. Estão vendendo tudo a preço de nada, como se o mundo fosse acabar amanhã. É hora de comprar! Eu adoraria". E assegura: "Meu sangue nesta hora está geladérrimo. Não posso fazer uma avaliação dessas se o mundo hoje só quer comprar ações que estão gerando caixa e que pagam dividendo. Bateu uma paúra no mercado. Dinheiro é covarde. O mundo real está bombando; não tem lugar em avião no Brasil, não tem gente para trabalhar e eu vou pagar dissídio de 8,5% para meus funcionários porque tenho medo de que eles vão embora. Que bom que a Europa e os Estados Unidos não vão crescer. Vai sobrar gente qualificada e equipamento para comprar".

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