sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Corpo de juíza executada em emboscada é enterrado no Rio de Janeiro


Parentes da juíza Patrícia Lourival Acioli, assassinada na noite de quinta-feira, contestaram a versão de que a magistrada teria pedido dispensa de escolta de segurança. Segundo os familiares, Patrícia continuava recebendo ameaças e as relatava por meio de ofício ao Tribunal de Justiça do Rio do Estado. "Ela tinha solicitado escolta e o pedido tinha sido negado. Houve negligência na segurança dela", afirmou a médica Mônica Lourival, prima da juíza. Outro parente bastante próximo de Patrícia, que não quis se identificar, disse desconhecer a informação de que a juíza havia dispensado a segurança particular. "Quando ela recebia essas ameaças, ela simplesmente expedia ofício e enviava ao tribunal, informando tudo aquilo que acontecia, e cobrando as providências que eles entendessem cabíveis", disse. Patrícia Lourival Acioli foi enterrada no fim da tarde desta sexta-feira, no cemitério do Maruí, em Niterói. Cerca de 300 pessoas acompanharam a cerimônia. O ex-marido da juíza, Wilson Junior, que é advogado, fez um discurso emocionado, no qual pediu que o assassinato da juíza não fique impune e não "vire estatística". "Se ela está morta hoje, em algum momento o Estado falhou", declarou. Após o enterro, o cabo da PM Marcelo Poubel, que era namorado da juíza, foi levado por policiais da Corregedoria da Polícia Militar para prestar depoimento. O teor do interrogatório não foi revelado pelo corregedor Ronaldo Manezes. Poubel já havia prestado depoimento durante seis horas na Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, que investiga o caso. A juíza foi morta às 23h45 quando chegava em sua casa após uma seção no fórum de São Gonçalo, na região metropolitana. De acordo com o delegado Felipe Ettore, responsável pela investigação do assassinato, Acioli foi morta com 21 disparos por um procedimento de emboscada. Testemunhas afirmaram que os assassinos estavam em dois carros e duas motos. A juíza Patricia Lourival Acioli foi morta às 23h45 de quinta-feira quando chegava em sua casa, em Niterói, após uma seção no fórum de São Gonçalo. A perícia constatou que ao menos 15 tiros atingiram o veículo.

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