quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Dilma ordena faxina na Conab igual à do Dnit

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) passará pela mesma faxina do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), determinou a presidente Dilma Rousseff. Significa que, do presidente da estatal aos assessores aparentados de políticos, todos serão afastados. Há ainda um agravante em desfavor da Conab. Lá, o loteamento entre os partidos foi maior do que no Dnit. Toda a Conab foi dividida entre o PTB (que não tem um ministério, mas se contentou com a presidência da estatal, que está presente em todo o Brasil e tem orçamento de R$ 2,8 bilhões), o PMDB e o PT. O Dnit havia sido loteado apenas entre o PR e o PT. O primeiro a ser demitido foi Oscar Jucá Neto, que ocupava a diretoria financeira da Conab. Jucá, que é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), determinou o pagamento de R$ 8 milhões a uma empresa de silos de Goiás, mas a verba era destinada à compra de alimentos. Em represália pela demissão determinada pelo ministro da Agricultura, ele acusou Wagner Rossi de corrupção. Rossi respondeu que as denúncias eram uma vingança. A presidente Dilma Rousseff defendeu o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, por dois dias seguidos e determinou a faxina na Conab. Assessores da presidente Dilma Rousseff dizem que todos os partidos já foram informados de que seus afilhados serão substituídos por técnicos. Na segunda-feira, a presidente conversou com o ministro da Agricultura. "Quero técnicos no lugar dos diretores", cobrou Dilma. "Para a Diretoria Jurídica você pode recorrer à Advocacia-Geral da União (AGU)", aconselhou ela. A própria presidente avisou ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que ele teria de ceder alguém para a Conab.

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