terça-feira, 16 de agosto de 2011

Juíza morta em Niterói temia processo de policial que ia julgar

Parentes e conhecidos da juíza Patrícia Acioli, executada na última quinta-feira, em Niterói (RJ), disseram à polícia que ela temia um julgamento marcado para a segunda-feira a ponto de alterar sua rotina. O caso que a juíza temia é o do policial civil aposentado Luiz Jason Tosta Pereira, acusado de ser um dos responsáveis por uma chacina de cinco homens em São Gonçalo, em 1993. Em março, Jason foi posto em liberdade após ter o habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Com a proximidade do julgamento, Patrícia Acioli evitava sair de casa. Segundo parentes, essa rotina passou a ser comum a partir de fevereiro, quando as ameaças contra ela aumentaram. A juíza foi executada às 23h45 da última quinta-feira, quando chegava em sua casa após uma sessão no fórum de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A juíza, além de ter sofrido várias ameaças por causa de suas decisões rigorosas contra policiais corruptos -estava na "lista negra" de um traficante -, teve registros de agressão do namorado, o cabo da PM Marcelo Poubel, em pelo menos duas ocasiões.

Nenhum comentário: