quinta-feira, 25 de agosto de 2011

No Pará, tucano manda investigar antecessora petista

Antes de deixar o governo do Pará, a petista Ana Júlia Carepa usou duas vezes as mesmas notas fiscais para prestação de contas feitas a instituições bancárias diferentes, segundo o atual governador do Estado, Simão Jatene (PSDB). O tucano pediu que o Tribunal de Contas e o Ministério Público investiguem a operação da antecessora. São 16 notas fiscais que somam R$ 77 milhões, assinadas por três empresas de construção e terraplenagem. Segundo a Auditoria-Geral do Estado, os serviços foram feitos uma só vez e estavam previstos em um contrato com o Banco do Brasil. O governo anterior, segundo a Auditoria, não informou como gastou o mesmo valor em financiamento feito com o BNDES. Em ambos os casos, o dinheiro não está mais em caixa, diz a auditoria. Os dois contratos foram assinados em julho do ano passado, com recursos comandados por secretarias distintas. O Banco do Brasil emprestou R$ 82 milhões para melhorias viárias e gestão de transporte urbano, enquanto o BNDES repassou R$ 275 milhões para investimentos de infraestrutura em cidades paraenses. Uma lei votada na Assembléia Legislativa definiu onde os recursos do BNDES deveriam ser aplicados. Mas o auditor-geral do Estado, Roberto Amoras, disse que identificou mais de R$ 100 milhões em gastos não previstos na lei. Nesse montante estavam os R$ 77 milhões que se repetem na prestação feita ao Banco do Brasil. O governo atual reclama que, como o dinheiro foi gasto, terá de usar recursos do Tesouro para arcar com compromissos não cumpridos. De acordo com Amoras, o governo anterior também deixou de prestar contas dos rendimentos gerados por juros quando o dinheiro do BNDES ficou depositado. O lucro seria de R$ 680 mil, mas foram justificados apenas R$ 230 mil.

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