sábado, 20 de agosto de 2011

PMDB agora elogia a atuação de Dilma

A cúpula do PMDB avalia que o relacionamento do partido com a presidente Dilma passou pelo seu principal teste, depois de colecionar atritos desde o início do ano. Líderes peemedebistas elogiaram o comportamento da presidente no episódio que levou à demissão do ministro Wagner Rossi (Agricultura), indicado pelo vice-presidente Michel Temer. A presidente, na visão de líderes do PMDB, seguiu o manual da boa convivência. Os peemedebistas destacaram que Dilma não ouviu ninguém ao nomear Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Paulo Sérgio Passos (Transportes), mas entregou ao PMDB a indicação do substituto de Rossi. "Ela se saiu muito bem. Primeiro porque o Rossi saiu porque quis, a presidente insistiu muito para ele ficar, ela foi muito correta. Depois, após a saída de Rossi, ela consultou o Temer sobre os substitutos", disse o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). O tom conciliador é atribuído a uma sugestão do ex-presidente Lula, que aconselhou Dilma a se reconciliar com sua base aliada, principalmente com o PMDB. Segundo relato de amigos de Lula, ele alertou que o governo perderia sustentação política se entrasse em guerra com o partido. Desde o início do governo, Dilma e PMDB viveram momentos de tensão. A presidente chegou a ameaçar demitir todos os ministros da sigla após a derrota sobre o Código Florestal na Câmara. Recentemente, líderes do partido comandaram uma "greve branca" no Congresso por conta da demora na liberação de verbas.

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