terça-feira, 23 de agosto de 2011

Polícia descarta participação de médico em assalto a juiz na Capital

A polícia civil gaúcha descartou de forma definitiva a participação do médico aspirante a oficial do Exército no assalto a um juiz na noite da última quinta-feira em Porto Alegre. O militar Rodrigo Fialho Viana, de 32 anos, foi detido pouco depois da ação de dois criminosos contra o magistrado Rinez da Trindade na Rua Cabral, bairro Rio Branco. Viana fora apontado por Trindade como um dos envolvidos. Conforme o delegado Abílio Pereira, da 10ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, o depoimento de uma testemunha na manhã desta terça-feira foi fundamental para afastar a hipótese de participação do médico no crime. O homem teria cruzado pelos dois verdadeiros assaltantes durante a fuga. "Ele viu bem os infratores depois do assalto. Depois, ele viu os dois detidos dentro da viatura e chegou a dizer aos policiais que não eram eles, mas não levaram em consideração", explica o delegado Abílio. Somado ao depoimento da testemunha está o registro de uma ligação telefônica entre o militar e um amigo no horário do assalto, o que tiraria o médico da cena do crime, segundo o delegado. "Agora vamos investigar quem é que assaltou o juiz mesmo", afirmou Abílio Pereira, sem confirmar se já há suspeitos da ação. Na noite de quinta-feira, dia 18 de agosto, o juiz Rinez da Trindade foi assaltado por dois homens quando chegava de carro na casa de um amigo, na Rua Cabral, perto da Miguel Toestes, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre. Rodrigo Fialho Viana, médico aspirante a oficial do Exército, foi detido por suspeita de envolvimento, mas alegou ter sido vítima de uma confusão. Ao perceber a movimentação, um amigo do juiz teria quebrado uma porta na residência na tentativa de confrontar os criminosos. O barulho teria assustado os assaltantes, que fugiram levando a arma, a chave do carro e os documentos do juiz. Nenhum dos bens da vítima foi encontrado com os detidos. O médico foi apontado pelo juiz Rinez da Trindade como um dos dois assaltantes que o abordaram quando chegava à casa de um amigo. Ao ser preso, o médico disse quem era. Mas ninguém acreditou e o militar não carregava os documentos para provar. Foi detido em flagrante depois de ser reconhecido pelo juiz como autor do crime. Levado para o 3º Batalhão de Polícia do Exército, foi libertado no final da tarde da última sexta-feira. O delegado Abílio Pereira tem razão, é preciso investigar muito bem essa história.

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