terça-feira, 9 de agosto de 2011

Procurador estima que desvio no Ministério do Turismo pode chegar a R$ 4 milhões


O esquema de desvio de recursos do Ministério do Turismo que resultou na prisão de 38 pessoas nesta terça-feira pode ter causado um prejuízo aos cofres públicos de cerca de R$ 4 milhões, de acordo com Celso Leal, procurador da República no Amapá. Segundo ele, o valor é relativo ao dinheiro liberado por meio de emenda parlamentar para um convênio firmado pelo ministério, em 2009, com o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável). Convênio que Leal qualifica como "uma grande fraude para desviar dinheiro do ministério". O procurador explicou que os indícios de irregularidades foram constatados pelo Tribunal de Contas da União. De acordo com Leal, investigações preliminares indicam que mesmo tendo recebido o dinheiro do ministério, a ONG Ibrasi jamais realizou os cursos de qualificação profissional previstos no convênio. Voltado a profissionais de turismo, o treinamento deveria ocorrer no Amapá. De acordo com o procurador, os fortes indícios de irregularidades motivaram a Operação Voucher, que cumpriu 19 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de prisão temporária. De acordo com Leal, as prisões foram decretadas a fim de manter a viabilidade da investigação criminal: "No decorrer da investigação, notamos uma dificuldade porque os investigados tentavam manipular a investigação. O outro fundamento foi a manutenção da ordem pública, ou seja, para evitar que novos crimes semelhantes fossem cometidos por estas mesmas pessoas". O procurador prevê que as investigações policiais serão encerradas em no máximo duas semanas.

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