domingo, 28 de agosto de 2011

Quase US$ 3 bilhões somem de fundo líbio

Cerca de US$ 2,9 bilhões (R$ 4,6 bilhões) em depósitos desapareceram do fundo soberano da Líbia, disse na sexta-feira o líder do Conselho Nacional de Transição líbio (CNT), Mahmoud Badi. Segundo Badi, as investigações apontam "uso indevido, desvio e má gestão do fundo", gerido pela Autoridade Líbia de Investimentos. O fundo, estabelecido em 2006 por Saif al Islam, filho do coronel Muammar Gaddafi, concentra investimentos na ordem de US$ 70 bilhões (R$ 112 bilhões). A Autoridade Líbia de Investimentos tem várias aplicações no Exterior, como ativos do banco italiano UniCredit, além de participação no clube de futebol italiano Juventus. O fundo líbio também tem participação no grupo Pearson, controlado do jornal britânico Financial Times. Badi disse que o CNT vai "utilizar todos os meios disponíveis e contatar todas as instituições com ligações com o fundo". Mais cedo, Ahmed Jehani, chefe da Equipe de Estabilização da Líbia, que faz parte do CNT, disse que a reconstrução da infraestrutura do país deve levar pelo menos dez anos. Segundo ele, a infraestrutura do país estava em condições deploráveis já antes do início do conflito, devido à "negligência". O Conselho de Transição, baseado originalmente em Benghazi, anunciou que metade de seus integrantes já estão em Trípoli, onde ainda há bolsões de resistência do regime. Segundo membros do CNT, as autoridades rebeldes se estabeleceram nos arredores da capital. O chefe do Conselho disse, no entanto, que figuras-chave do movimento rebelde ainda permanecem em Benghazi por questões de segurança.

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