segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Subsecretário da Presidência diz que nova classe média obriga governo a se adaptar


A redução da pobreza e o crescimento vertiginoso da classe média nos últimos anos obrigam o Brasil a repensar suas políticas públicas para responder às novas demandas e permitir que os milhões de brasileiros que "enriqueceram" continuem a trajetória ascendente. A opinião é de Ricardo Paes de Barros, subsecretário da Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Presidência da Repúbica. "Boa parte da classe média é formada por pessoas que saíram da pobreza e que, portanto, chegam ao grupo muito ávidas por novas oportunidades. Eles são o motorzinho do crescimento brasileiro e impõem um grande desafio para as políticas públicas", disse Paes de Barros. Segundo o subsecretário, o crescimento da classe média, que de 40% da população em 2003 passou a 52% em 2009, exige ajustes nas políticas macroeconômicas, de educação, cultura, crédito e saúde. Ele diz que o grupo, composto por 100 milhões de pessoas, é "incrivelmente heterogêneo" e continuará crescendo nos próximos anos. De acordo com Paes de Barro, trata-se de uma camada preocupada com educação, cultura, saúde e cuidados pessoais. Para atender o grupo, ele diz que é preciso diversificar os mercados nessas áreas e regular o setor de planos de saúde. Ainda segundo o subsecretário, dada a alta participação do grupo entre os brasileiros com carteira assinada (68%), seria necessário melhorar a qualidade do emprego formal.

Nenhum comentário: