quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Alta repentina do dólar obriga Banco Central a realizar intervenção no mercado

O Banco Central vendeu nesta quinta-feira US$ 2,715 bilhões em contratos de swap cambial, que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro, no qual há muitos compradores e poucos vendedores. Às 12h41 (hora de Brasília), o dólar comercial era negociado por R$ 1,883 (alta de 0,96%). Pela manhã, antes da ação do Banco Central, o dólar havia chegado a ser negociado por R$ 1,963, a cotação mais alta desde fevereiro de 2010. Desde 26 de junho de 2009, o Banco Central não realizava uma intervenção no mercado futuro de câmbio, principal responsável pela alta da moeda norte-americana, para segurar a alta da moeda. Na quarta-feira o Banco Central antecipou o anúncio de que não vai rolar cerca de US$ 2 bilhões em contratos no dia 1º de outubro, o que também ajuda a tirar pressão sobre as cotações. Ou seja, equivale a dizer que, no vencimento desses títulos, era pagar e retirar os papéis do mercado. Por enquanto, o governo descarta vender moeda estrangeira no mercado à vista, por entender que o que puxa as cotações para cima é o mercado futuro. Investidores e bancos estão liquidando contratos nos quais apostavam na queda da moeda. Desde março de 2009, o Banco Central não vende ou empresta recursos das reservas internacionais para os bancos. Para a equipe econômica, se fosse possível isolar a influência do mercado de contratos de câmbio sobre as cotações da moeda, a alta do dólar seria menor. Para o governo, o problema no mercado futuro que puxa o dólar para cima é um movimento de curto prazo, que deve se esgotar em poucos dias, o que não significa que a moeda vá recuar para os patamares verificados até o mês passado. Não há dúvida de que essa turbulência representa um forte movimento especulativo contra a moeda brasileira.

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