quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Banco Central reduz previsão do PIB e vê chance de estourar meta da inflação

O Banco Central reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano de 4,0% para 3,5%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira. A redução se deve, segundo o Banco Central, aos resultados abaixo do esperado divulgados no primeiro semestre, a dados parciais que mostram desaceleração no terceiro e à revisão das projeções para os últimos três meses do ano. A agropecuária deverá crescer 2,1%, 0,2% acima da estimativa anterior. A expansão do setor industrial teve recuo de 1,9%, para 2,3%. A produção do setor de serviços deve aumentar 3,5%, ante 3,8% na projeção anterior. Em relação à demanda, a nova projeção considera crescimento maior no consumo das famílias (de 4,1% para 4,5%) e para o consumo de governo (de 1,9% para 2,1%). A estimativa para os investimentos foi reduzida de 6,4% para 5,6%. O Banco Central aumentou a previsão de inflação neste ano de 5,8% para 6,4% e avalia que há 45% de chance de que os preços fiquem acima do limite da meta fixada pelo governo. A meta de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Hoje, os preços acumulam alta de 7,23% em 12 meses. A projeção não considera, no entanto, o nível atual do dólar. O Banco Central usou na conta uma taxa de R$ 1,65, valor em que estava no dia 9 de setembro. O Banco Central também não colocou no cálculo o impacto de novas reduções da taxa básica de juros, que está hoje em 12% ao ano.

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