quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Chile apresentará queixa por morte de pai de Michelle Bachelet

O governo chileno anunciou que apresentará uma queixa pela morte do general Alberto Bachelet, pai da ex-presidente Michelle Bachelet (2006-2010), em março de 1974, após ser torturado por oficiais da ditadura militar (1973-1990). A diretora do Programa de Direitos Humanos do Ministério do Interior, Rosy Lama, informou que a queixa criminal "deverá estar pronta na próxima semana". A reclamação será apresentada após uma investigação sobre o caso ter sido iniciada em agosto. O processo ficou a cargo do juiz Mario Carroza, que se já responsabilizou anteriormente pelas investigações das mortes do ex-presidente Salvador Allende (1970-1973) e do poeta Pablo Neruda. Esta é a terceira queixa feita pela morte do general Bachelet desde 2010, após uma iniciativa do advogado Eduardo Contreras, apresentada em nome da Associação de Parentes de Executados Políticos, e em setembro, a pedido de sua viúva, Angela Jeria. O general foi detido e torturado por ter se oposto ao golpe militar liderado por Pinochet e morreu aos 51 anos após sofrer um ataque cardíaco na prisão por ter se recusado a participar do levante militar contra a gestão Allende, em setembro de 1973, ato que foi considerado como traição à pátria. Tanto sua filha quanto sua esposa também foram encarceradas durante a ditadura militar pela polícia secreta do regime.

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